A saúde ótima por toda vida envolve a capacidade do organismo de não apenas assimilar os nutrientes, mas também de limitar o acúmulo de toxinas potencialmente prejudiciais, tanto endógenas quanto exógenas.
O corpo humano é um pouco protegido das toxinas por suas barreiras naturais, entre as quais, o sistema gastrointestinal, os pulmões e a pele. Entretanto, os compostos estranhos que atravessam essas barreiras são lançadas aos sistemas de desintoxicação do corpo, o que diminui o impacto negativo das toxinas e a integridade celular do corpo.
As duas principais vias de desintoxicação no corpo são:
1) O tecido imunológico localizado no intestino
2) Os sistemas de enzimas de desintoxicação no fígado.
O alimento e os nutrientes possuem efeitos significantes sobre ambas as vias.
Fígado: Sistema de Desintoxicação de Duas Fases
Os antígenos ou toxinas que são processados pelo lúmen intestinal ou bactérias intestinais e entram na corrente sanguínea são carregados pela veia porta hepática para o fígado para desintoxicação.
As ações do fígado sobre estas toxinas, chamadas de biotransformações, envolvem um sistema de duas fases sequenciais – o sistema de desintoxicação de Fases I e II. As moléculas tóxicas são transformadas de substâncias lipossolúveis em moléculas hidrossolúveis que podem ser excretadas pelo corpo.
Na Fase I, uma família de enzimas é ativado. Nesta fase, os compostos endógenos e toxinas são transformados por reações bioquímicas, primariamente pela conjugação da glutationa em compostos mais hidrossolúveis.
Na Fase II, os metabólitos produzidos na Fase I são conjugados em uma série de reações controladas por uma variedade de enzimas diferentes, chamadas conjugasses. Os metabólitos hidrossolúveis conjugados produzidos pela Fase II são excretados pela urina ou fezes.
Desintoxicação é uma das propriedades inerentes a todo ser vivo, ou seja, todo organismo humano (vivo) conta com vários sistemas mais ou menos especializados em diminuir a toxicidade de substâncias (produzidas, transformadas ou incorporadas pelo organismo) e eliminá-las, a exemplo dos intestinos (via fezes), rins (via urina), pele (via transpiração), pulmões (via ar expirado) e circulação linfática (onde a linfa serve como grande meio de condução de água, gordura e toxinas).
1 – Gravidade da intoxicação
Se o contato com a toxina é muito severo, seja em quantidade e/ou em tempo de exposição, os sistemas de desintoxicação podem não conseguir lidar eficazmente com a demanda, o que resulta em intoxicação do organismo;
2 – Condições gerais de Saúde do organismo
Hábitos de vida inadequados, uso equivocado/abusivo de substâncias (medicamentos, remédios, suplementos, etc), intoxicações freqüentes, doenças e exposição crônica a agressões ambientais são exemplos de fatores que sobrecarregam e acabam por debilitar os sistemas desintoxicantes do organismo.
O nosso organismo por si só é capaz de eliminar o que não é bom para nós por meio dos sistemas circulatório, urinário e digestivo. Ainda por cima, não há comprovação científica de que as dietasdetox são realmente capazes de contribuir com essa “desintoxicação” de maneira tão significativa.
O que usamos como alimento determina a qualidade de nosso sangue, que por sua vez influencia o desempenho das células, órgãos e sistemas.
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